Atividades

Maratona de Programação

RESUMO

O IME/UERJ tem realizado, anualmente, Maratonas de Programação. Esta é uma edição especial, que será realizada no III Encontro Acadêmico do CCOMP.

Ela se destina a alunos e alunas da UERJ de cursos de graduação e de pós-graduação na área de Computação e afins (Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Sistemas de Informação, Matemática, etc). A competição estimula a criatividade dos estudantes, a busca de novas soluções de software e a habilidade de resolver problemas sob pressão e a perícia em programação e também é uma oportunidade de aprendizagem com diversão.

Esta edição será online e os alunos podem participar ou individualmente ou em equipes de dois alunos. Todos tentarão resolver durante 5 horas o maior número possível de cerca de 10 problemas que são entregues no início da competição. A competição será hospedada no site da Universidade URI.

Os competidores do time devem colaborar para descobrir os problemas mais fáceis, projetar os testes, e construir as soluções que sejam aprovadas pelos juízes da competição. Alguns problemas requerem apenas compreensão, outros conhecimento de técnicas mais sofisticadas.

Mesa Redonda: Inteligência artificial e ética

RESUMO

A inteligência artificial existe no imaginário da humanidade desde a antiguidade com entidades como os Golems (seres antropomórficos feitos de matéria inanimada como barro) do folclore judaico e Talos da mitologia Grega (gigante de bronze criado pelos deuses para proteção da ilha de Creta). Na ficção científica toma formas como androides protetores que se assemelham a figura humana em "Eu, Robo" (ASIMOV, 1950) ou computadores super inteligentes que dominam a humanidade em "The Matrix" (WACHOWISKI BROTHERS, 1999). Na realidade, a inteligência artificial vem sendo discutida pela ciência desde os anos 40, com o artigo seminal de Bush (1945), e tomou forma de teoria científica com os Perceptrons de Rosenblatt (1962), atingindo sua formulação mais formal com Minsky e Papert (1969) que em seu livro demonstrou pontos fracos no modelo de Rosenblatt. Nos anos 70, um relatório apresentado ao Parlamento Inglês indicava que a inteligência artificial ainda não atingira sua grandiosidade (LIGHTHILL, 1973). A pesquisa até então encontrara dificuldades devido a duas principais razões: a primeira, a baixa capacidade computacional da época, incapaz de suprir a gigantesca demanda do método, e, a segunda pela até então inexistência de um algoritmo eficiente capaz de lidar com problemas além dos básicos. A primeira solução para o problema algorítmico foi apresentado por Rumelhart, Hinton e Williams (1986) com o método conhecido como backpropagation e nos últimos dez anos, com o crescimento do poder computacional individual, a larga disponibilidade de dados e a criação de centros de dados massivos, foi uma questão de tempo para que o tópico fosse revisitado e tomasse proporções globais. Hoje a inteligência artificial domina muitos campos de pesquisa e encontra soluções antes inimagináveis.

Neste debate pretendemos levantar questões sobre a inteligência artificial, suas capacidades, perspectivas e princípios éticos que deverão nortear a pesquisa e sua aplicação.

PARTICIPANTES

Mediador: Rafael de Albuquerque

Possui graduação em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e especialização em História do Cristianismo pela Faculdade do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro. Atualmente é mestrando do ProfHistória na PUC-Rio e professor da educação básica no Estado do Rio de Janeiro. Integra o Grupo de Pesquisas "Laboratório de Ensino de História e Patrimônio Cultural - LEEHPAC e o Grupo de Pesquisas LabEHGameS - Laboratório de Ensino de História, Videogames e Simulações Digitais.

Convidados da mesa (em ordem alfabética):

Anne Magály de Paula Canuto possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1992), mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco (1995) e doutorado em Engenharia Eletrônica - University of Kent at Canterbury (2001). Atualmente é professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A mesma tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Sistemas de Inteligentes, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemas multi-classificadores, sistemas multi-agentes, redes neurais artificiais, ambiente multi-agente e redes neuro-fuzzy. Como pesquisadora, publicou quase 200 artigos em revistas e congressos nacionais e internacionais e orientou 15 teses de doutorado e 25 dissertações de mestrados, todos na área de Sistemas Inteligentes.

Marcelo de Araújo possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996) e doutorado em Filosofia pela Universidade de Konstanz (Alemanha, 2002). É Professor Associado de Ética do Departamento de Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Professor Associado de Filosofia do Direito da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua pesquisa atual tem como foco principal as implicações éticas decorrentes das novas tecnologias. Publicou em 2019 o livro Novas Tecnologias e Dilemas Morais. Sua pesquisa conta com o apoio financeiro do CNPq (Bolsista de Produtividade) e da FAPERJ (Cientista do Nosso Estado)

Rita P. Ribeiro é Professora Auxiliar no Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e investigadora no Laboratório de Inteligência Artificial e Apoio à Decisão (LIAAD) do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computação, Tecnologia e Ciência (INESCTEC). Fez o doutoramento na Universidade do Porto (2011) na área de Machine Learning. Os principais interesses de investigação centram-se em problemas de aprendizagem em dominínios desbalanceados, deteção de anomalias e problemas relacionados com o Social Good. Esteve envolvida em vários projetos de investigação relacionados com problemas ambientais, deteção de fraude e aplicações de manutenção preditiva. É membro do comité de programa de várias conferências internacionais, atuando também como reviewer de várias revistas internacionais e tem estado envolvida na organização de eventos científicos de prestígio. Atualmente, ela é membro do grupo de trabalho do European Marine Board sobre Big Data and Marine Science e também diretora do Mestrado em Ciência de Dados da FCUP.

Vinicius Layter Xavier é professor do Departamento de Estatística da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e do Programa de Pós-graduação em Ciências Computacionais (CComp). Possui graduação em Estatística pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Mestrado (2012) e Doutorado (2016) em Engenharia de Sistemas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem como tópicos de pesquisa métodos de Inteligência Artificial, Otimização, métodos de Redução de Dimensionalidade e métodos de Estatística Multivariada. Possui publicações em revistas conceituadas no seu campo de pesquisa, entre elas: Knowledge-based Systems; Pattern Recognition; Journal of Heuristics, Optimization; Journal of Global Optimization; Chemometrics and Intelligent Laboratory Systems.

REFERÊNCIAS

  • ASIMOV, Isaac. I, robot. Gnome Press, New York, 1950.

  • BUSH, Vannevar. As We May Think. The Atlantic Monthly, n. 2, jul. 1945. Disponível em: https://www.theatlantic.com/magazine/archive/1945/07/as-we-may-think/303881/. Acesso em: 8 dez. 2020.

  • LIGHTHILL, James. Lighthill Report, 1973.

  • MINSKY, Marvin; PAPERT, Seymour A. Perceptrons: An Introduction to computational geometry. Massachusetts: MIT Press, 1969.

  • ROSENBLATT, Frank. Principles of neurodynamics; perceptrons and the theory of brain mechanisms. Washington: Spartan Books, 1962.

  • RUMELHART, D.; HINTON, Geoffrey E.; WILLIAMS, R. J. Learning representations by back-propagating errors. Nature, v. 323, p. 533–536, 1986.

  • WACHOWISKI BROTHERS. The Matrix. Warner Bros. Pictures, 1999.